Recuperação dos créditos tributários devidos ao município são foco de atuação dos procuradores fiscais

28 jun 2017
Recuperação dos créditos tributários devidos ao município são foco de atuação dos procuradores fiscais

A cobrança dos créditos fiscais inscritos na Dívida Ativa e devidos ao município, depois que estes são repassados pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) é a principal atribuição desempenhada pelos procuradores que atuam na Procuradoria Fiscal (Profi) de Salvador. Aliada a ela, juntam-se a defesa nas ações em que as cobranças são questionadas pelos contribuintes e a elaboração de pareceres no âmbito administrativo. É o que explica o coordenador do setor, o procurador David Luduvice.

Além destas funções, ele explica que só o procurador fiscal pode atuar como julgador do Conselho Municipal de Tributos, na vaga de representação da Procuradoria, órgão dentro da estrutura da Sefaz. “Nossa atividade é voltada a isso: a recuperação dos créditos fiscais que os contribuintes não pagaram”, explica ele, sinalizando que a cobrança pode ser de pessoa física ou jurídica. Os tributos como o IPTU e o ISS dão origem a maioria das demandas que chegam à área.

As atribuições diárias são grandes e a Fiscal é a maior das coordenações da Procuradoria. “Nós somos a maior coordenação em termos de estrutura e não só no número de procuradores,  isso porque o setor da dívida ativa, contido na Profi, é o que possui a maior quantidade de funcionários, possuindo, inclusive, uma coordenação própria”, explica Luduvice, que atua como gestor e coordenador das diversas subdivisões dentro do setor.

A atuação dos profissionais na unidade perpassa pelos cuidados aos prazos e demandas judiciais, o impulsionamento das milhares de execuções fiscais, a elaboração dos pareceres, a gestão do estoque de dívida ativa e ainda e dos protestos extrajudiciais dos créditos, além da atuação direta no Tribunal de Justiça buscando formar precedentes favoráveis ao município e em demandas relevantes de repercussão ampla aos contribuintes, como ocorre nos casos de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adin’s), como na do IPTU e recentemente a do ITIV.

Segundo Luduvice, a atividade desempenhada na recuperação destes créditos possibilita ao município recursos que são destinados ao investimento em benefícios para a cidade e para os próprios cidadãos.

“O trabalho é de extrema importância, primeiro, na parte repressiva, que é justamente conseguir cobrar aqueles devedores que não pagaram os tributos oportunamente. Isso é importante porque traz receita direta para o município devolver ao cidadão na forma de serviços e equipamentos  públicos de qualidade. É daí que vem uma parte do dinheiro que é investido devolvido na cidade para atender às necessidade dos administrados”, explica ele. “Ano passado o trabalho da Profi conseguiu recuperar R$132 milhões de reais para os cofres municipais, valor que pode realizar muita coisa para a coletividade”.

O segundo ponto elencado pelo coordenador é o efeito preventivo. “Se nós tivermos uma atuação no Judiciário por meio da qual se consiga demonstrar a força das nossas teses, enfrentar de igual para igual a advocacia privada e mostrar que as teses jurídicas do município nas cobranças de créditos são válidas, que o interesse público materializado naquele crédito tributário deve prevalecer, isso terá nos contribuintes o efeito de desestimular a resistência ao pagamento dos tributos e assim irão buscar pagar regularmente”, pontua.

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