A APMS está realizando uma campanha para facilitar a convivência e o enfrentamento da pandemia provocada pelo coronavírus. O objetivo é estimular gestos solidários entre colegas e construir uma “rede de apoio” que facilite a vivência na quarentena e coloque a solidariedade como aliada, seja no compartilhamento de informações, na partilha de depoimentos, na disponibilidade para auxiliar os pertencentes aos grupos de risco, sobretudo os maiores de 60 anos.
Com a hastag #APMSolidariedade, a campanha prevê ações da própria associação (já estão acontecendo desde a semana passada), como a coleta de informações oficiais e de relevância para a prevenção e cuidados da doença, a emissão de informes periódicos com coletânea dos destaques dos principais acontecimentos, entre outras. Dessa forma, visa facilitar a leitura de quem buscar informação por meio de fontes seguras e evitar a dispersão para as tarefas cotidianas ou as famosas “fake news”.
A procuradora ou o procurador que desejar auxiliar os colegas do grupo de risco podem se voluntariar por meio do whatsApp da associação (71- 99287-2203). O e-mail comunicaçãoapms@gmail.com também estará recebendo informações que podem ser compartilhadas nos veículos institucionais.
Evite o coronavírus, mas contagie-se de solidariedade! Veja algumas formas de participar!
*Vai fazer compras ou na farmácia? Verifique se algum colega com + de 60 anos e/ou pertencente a grupo de risco que reside próximo a você precisa de ajuda!
*Precisará ir na Procuradoria? Verifique se algum colega não precisa ir também e decidam que apenas um vá ao local de trabalho!
*Faltou álcool gel? Verifique se algum colega sabe aonde encontrar!
*Seja voluntário APMS! Avise de sua disponibilidade pelo telefone 71 992872203;
*Pertence a grupo de risco e não pode sair de casa? Verifique na APMS se algum voluntário poderá ajudar!
*Envie seu depoimento ou testemunho para o e-mail comunicacaoapms@gmail.com
“Não caiu a ficha. Os brasileiros não entenderam e carecem de informações”
(leia abaixo depoimentos do procurador Rafael Carrera e esposa)
Entre o fim de fevereiro e o começo de março, o procurador Rafael Carrera foi visitar a esposa e as duas filhas que residem em cidades diferentes na Espanha durante as férias. No período, já havia informações de casos em algumas localidades do país, como Sevilha, e comentários a respeito da pandemia. Retornou dia 10. “Dez dias antes de voltar para o Brasil eu já estava preocupado, mas nem de longe imaginava a velocidade dos acontecimentos em relação ao coronavírus”, contou o procurador, que, dois dias depois, presenciou a família ser submetida às regras do isolamento social de forma repentina, após verificar comportamento nada usuais dos espanhóis como fazer filas em supermercados e deixar as prateleiras vazias.
“O que estamos vivendo aqui não é o que se viveu na Espanha”, explicou a esposa de Rafael ao telefone, dizendo que, no dia seguinte ao decreto, o Estado Espanhol reconheceu a calamidade pública, decretou o isolamento e passou a fazer controle de fluxo nas ruas, inclusive com a presença de policiais e do Exército. Ela e as duas filhas conseguiram embarcar para o Brasil antes de o país finalizar o processo de restrição de tráfego de passageiros no terceiro dia de isolamento e fizeram a quarentena, juntamente com Carrera. A impressão que teve ao fazer este relato na última sexta, 20, foi de que “não caiu a ficha dos brasileiros”; há uma permissividade das pessoas, e flexibilidade em relação a estar nas ruas. “O que percebo é que agora estamos buscando estar à frente do vírus, mas a população, principalmente a mais carente, se sente inatingível”, comentou ao destacar que as pessoas carecem de informação e de sensibilização em relação à gravidade da situação.